Presos fazem rebelião em Alcaçuz depois tentativa frustrada de fuga
Publicação: 31 de Agosto de 2012 às 14:21
Tribuna do Norte
Adriano Abreu
Tentativa de fuga foi descoberta durante ronda dos agentes penitenciários

Os
presos do pavilhão 1 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz promoveram
rebelião na unidade prisional no início da tarde desta sexta-feira (31),
depois de terem uma tentativa de fuga frustrada por agentes
penitenciários. Os detentos queimaram colchões e quebraram as celas após
a ação. Ninguém ficou ferido e não há informações sobre a extensão dos
danos, mas o Grupo de Operações Especiais (GOE) já controlou a situação.
De
acordo com informações da diretora do presídio, Dinorá Simas, 17
detentos tentaram fugir por dois túneis que estavam no pavilhão 1 da
penitenciária. Os agentes penitenciários faziam a fiscalização e
flagraram a ação dos presos, que estavam divididos em um grupo de sete e
outro com dez detentos. Ainda havia outro túnel no local, mas estava
vazio.
De acordo com os agentes penitenciários, o plano dos
detentos era seguir no túnel até o pátio do pavilhão principal e, de lá,
pular o muro usando o auxílio de "terezas", cordas feitas com lençóis.
"Seria uma fuga em massa, porque uns 250 presos estavam no Pavilhão 1,
no banho do sol", explicou o agente Eduardo Júnior.
No
momento da ação dos agentes, os presos já estavam dentro dos túneis.
Porém, os policiais militares que realizavam o trabalho de sentinela nas
guaritas também observaram a movimentação e impediram que os detentos
deixassem o interior da prisão. Em seguida, os apenas foram reconduzidos
para dentro das celas. Foi quando teve início a rebelião.
Os
presos do pavilhão 1, inclusive os que tiveram a fuga frustrada,
começaram a incendiar colchões e a quebrar parte das paredes. O concreto
quebrado foi arremessado contra os agentes, que não se feriram. "Havia
muita fumaça e, pela quantidade de pedras que foram arremessadas,
acredito que muitas celas e muitos colchões foram queimados", disse
Dinorá Simas.
Os agentes penitenciários ainda
farão a vistoria no interior das celas para avaliar a dimensão dos
danos. Os envolvidos na tentativa de fuga já foram identificados, mas os
nomes ainda não foram divulgados.